ePrivacy and GPDR Cookie Consent by Cookie Consent • Drª. Aline Berger • Psicogeriatria • Tratamento da Ansiedade em Idosos •
Psicogeriatria

Ansiedade em Idosos

Pode ser caracterizada como um medo em excesso que traz repercussões na funcionalidade do idoso. A ansiedade pode se manifestar como uma tensão muscular, assim como quadros que ocasionam um estado de vigilância, comportamentos esquivos ou de cautela excessiva.

Sabemos que 15,1 % dos idosos podem apresentar transtornos de ansiedade no decorrer da vida.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada(TAG) está entre os transtornos de ansiedade mais prevalentes em idosos.

É necessário ficarmos atentos a sintomas físicos que podem ser manifestações de quadros de ansiedade, como: taquicardia, cefaléia, formigamento no corpo, tremores, sudorese, falta de ar, aperto no peito.

O diagnóstico adequado envolve a exclusão de patologias clínicas que possam ocasionar alterações de comportamento em idosos, como infecções, distúrbio hidro-eletrolítico, para efeitos de medicamentos, etc.

Em muitos casos o idoso tem dificuldade em descrever o que sente, sendo que os sintomas mais frequentemente relatados são: "preocupações", "receios", "medos".

As fobias específicas também são bastante prevalentes com prevalências que variam de 3,1 a 10,1%. A fobia mais comum entre os idosos é a fobia de queda. Está bastante relacionada com o receio da perda de autonomia. Ocasiona a insegurança e abala a confiança do idoso. Quando não identificada, é uma condição limitadora e prejudicial à qualidade de vida do paciente.

Formas de prevenirmos e/ou controlarmos os sintomas de ansiedade:
  • Mantenha-se ativo, fazendo exercícios físicos, caminhadas;
  • Adote uma dieta balanceada, rica em nutrientes menos processados;
  • Mantenha uma rotina de interações sociais;
  • Realize atividades que lhe tragam prazer, aprenda uma receita nova, cuide de sua horta/jardim, realize leituras;
  • Adote práticas saudáveis e com evidências no controle da ansiedade, como a meditação.
Tratamento

Os tratamentos de escolha são psicoterapia, especialmente a cognitivo comportamental. O enfoque é a redução dos sintomas de ansiedade, modificando comportamentos e padrões de pensamento mal-adaptativos. A associação com o uso de medicamentos pode ser benéfica, sempre avaliando os riscos e benefícios da introdução de fármacos nesta população.

  • Consulta domiciliar e
    Residenciais Geriátricos

    A consulta psiquiátrica domiciliar ou a avaliação do paciente que mora em um residencial geriátrico pode ser realizada quando houver dificuldade de locomoção do paciente, bem como, neste contexto de pandemia em que estamos vivendo, pela preservação e minimização de risco de exposição do paciente, familiares e cuidadores.

    Consiste em uma entrevista detalhada sobre os sinais e sintomas, a história de vida pregressa do paciente, a avaliação dos aspectos sociais e culturais e o exame do estado mental. Em muitas situações, é necessário entrevistar uma pessoa da confiança, além do paciente.

    Exames complementares, como testagem neuropsicológica, podem ser bastante úteis, bem como a realização de exames laboratoriais e de imagem, sempre que houver a necessidade de excluir causas clínicas para os sinais e sintomas, pois é importante levarmos em consideração que muitas doenças clínicas podem apresentar sintomatologia similar a alguns transtornos psiquiátricos primários.

  • Tele
    Atendimento

    A teleconsulta é uma consulta em que o paciente se encontra fisicamente distante do médico. É realizada utilizando ferramentas como computadores, tablets ou celulares. Anteriormente, essa forma de atendimento era permitida apenas para discussões de casos clínicos entre profissionais da saúde.

    Após o início da pandemia pelo COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM), autorizou que o atendimento pudesse ser realizado desta forma.

    Tem se mostrado uma forma viável de atendimento, mantendo pacientes protegidos em suas casas, além de ampliar a oferta de especialistas, permitindo o acesso a profissionais que, sem essa modalidade de atendimento, seriam inacessíveis pela distância.

    É fundamental compreendermos as limitações que a ausência física do paciente pode acarretar. Em algumas especialidades como na Psiquiatria, a teleconsulta pode proporcionar um atendimento bastante satisfatório. Cabe ao profissional avaliar cada situação e orientar seu paciente e familiar sobre as condições para avaliação, diagnóstico e tratamento.

  • Atendimento
    Presencial

    A consulta psiquiátrica presencial inclui uma entrevista detalhada sobre os sinais e sintomas, a história de vida pregressa do paciente, a avaliação dos aspectos sociais e culturais e o exame do estado mental. Em muitas situações, é necessário entrevistar uma pessoa da confiança, além do paciente.

    Exames complementares, como testagem neuropsicológica, podem ser bastante úteis, bem como a realização de exames laboratoriais e de imagem, sempre que houver a necessidade de excluir causas clínicas para os sinais e sintomas, pois é importante levarmos em consideração que muitas doenças clínicas podem apresentar sintomatologia similar a alguns transtornos psiquiátricos primários.

Seja o protagonista do seu envelhecimento. Permita-se ter novos aprendizados e desaprender funcionamentos que não lhe fazem bem. Seja criativo e reinvente-se. Esteja aberto a novas oportunidades que a passagem do tempo pode nos trazer.

Drª. Aline Berger